2.6 Visualização
A graph is a set of points. A mathematical graph cannot be seen. It is an abstraction. A graphic, however, is a physical representation of a graph. This representation is accomplished by realizing graphs with aesthetic attributes such as size or color. (Wilkinson 2005, 6)
Visualização é o processo de representar informações ou ideias através de diagramas, gráficos e outros métodos de apresentação visual. De um modo geral, as ferramentas de visualização devem ser claras para o leitor, devendo-se evitar detalhes desnecessários. Um bom visualizador transmite a informação desejada de forma clara, precisa e eficiente.
De acordo com (Kopf 1916), além de “quarenta anos de pensamento e realização na questão indiana” (Walker 1874), “salvaguardando a saúde do soldado britânico”, “reorganizando a administração hospitalar civil e militar no país e no exterior” e “seus serviços pioneiros para a profissão de enfermagem”, as atividades de Florence Nightingale na Estatística “podem ser classificadas em várias categorias amplas”. “A Dama com a Lâmpada”, uma “estatística apaixonada” de acordo com (E. Cook 1913), popularizou o diagrama de área polar, o que ela chamou de “coxcombs” (Cohen 1984). Além disso, fez um excelente trabalho na parte de visualização na documentação de informações relacionadas às frentes de guerra (Nightingale 1858).
Edward Tufte, “o Leonardo da Vinci dos dados” segundo The New York Times, ou “o Galileu dos gráficos” de acordo com a Bloomberg, possui uma vasta obra sobre o tema, destacando-se (Tufte 1993), (Tufte et al. 1998), (Tufte and Graves-Morris 2001), (Tufte 2006) e (Tufte 2020). Mais recentemente encontram-se artistas visuais como Karim Douieb15, que possui um considerável portfolio publicado.
Baseado em Tufte (1993) e Cleveland (1993), Rob Hyndman sugere 20 regras para bons gráficos.
- Use gráficos vetoriais como eps ou pdf.
- Use fontes legíveis.
- Evite legendas desorganizadas.
- Se você precisar usar uma legenda, mova-a para dentro do gráfico.
- Não use fundos escuros sombreados.
- Evite linhas de grade escuras e dominantes.
- Mantenha os limites dos eixos sensatos.
- Não se esqueça de especificar as unidades.
- Os intervalos de escala devem estar em números redondos e agradáveis.
- Os eixos devem ser rotulados corretamente.
- Use larguras de linha grandes o suficiente para leitura.
- Evite sobreposição de texto em caracteres ou linhas de plotagem.
- Siga os princípios de Tufte removendo lixo de gráficos e mantendo uma alta proporção de dados-tinta.
- Os gráficos devem ser autoexplicativos.
- Use uma proporção de tela sensata.
- Use pontos, não linhas, se a ordem dos elementos não for relevante.
- Use linhas se a ordem dos elementos for relevante (por exemplo, tempo).
- Use escalas comuns para comparação (ou um único gráfico).
- Evite gráficos de pizza. Especialmente gráficos de pizza 3D. Especialmente gráficos de pizza 3D com fatias explosivas.
- Nunca use padrões de preenchimento como hachuras cruzadas.
2.6.1 Exemplos
Exemplo 2.98 Visualização considerando os princípios indicados.
by Max Roser at ourworldindata.org/longtermism
It is these 109 billion people we have to thank for the civilization that we live in. The languages we speak, the food we cook, the music we enjoy, the tools we use – what we know we learned from them. Max Roser (2022-03-15)
Exemplo 2.99 Terra não vota. Pessoas votam.
Exemplo 2.100 Bicicleta seria o transporte do futuro inventado no passado?
Works in Rotterdam too :) pic.twitter.com/UFbOxEx4Yb
— Wouter Stern (@Twouttter) March 15, 2023
Exemplo 2.101 De acordo com (Zabala 2009), se há três candidatos na iminência do empate técnico conforme o método adotado pelos institutos de pesquisa – i.e., \(A\) empata com \(B\) por um ponto, \(B\) empata com \(C\) por um ponto mas \(A\) e \(C\) não empatam (??) –, a elipse azul no simplex abaixo indica os prováveis cenários eleitorais com uma amostra de tamanho 500. No caso, deve haver segundo turno entre \(A\) e \(B\).